Rubén Magnano fala sobre a seleção e os jogadores que estão na NBA


O treinador argentino, vice-campeão mundial em 2002 e campeão olímpico em 2004 pelo seu país, chegou à seleção brasileira em 2010 e acabou com um jejum de 16 anos sem participações do basquete masculino brasileiro em Olimpíadas levando o time para Londres-2012, onde foi eliminado nas quartas de final.

Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, Magnano falou sobre a situação dos jogadores brasileiros na NBA, sua preferência pelo estilo de jogo do basquete europeu e sobre a situação do esporte no Brasil.

O que você achou da participação da seleção brasileira de basquete nos Jogos Olímpicos de Londres?
Estar em uma competição grande foi uma coisa muito boa. Eu como treinador, e os atletas ficamos com um sentimento de que poderíamos ter ido um pouco mais longe. Mas acho que o Brasil merecia essa posição. Não tivemos a possibilidade de lutar por uma medalha, mas a equipe esteve muito perto.

Qual é o planejamento para a Olimpíada de 2016?
Tudo está focado em 2016, esquecendo que temos duas competições mais cedo que são muito importantes. O Pré-Mundial, na Venezuela, e o Mundial, na Espanha. Não podemos perder a chance de entrar nessa competição para seguir evoluindo como equipe internacionalmente e chegar em 2016 com a seleção muito forte.

O aumento do número de brasileiros na NBA é bom para a seleção?
Acho que o melhor para a seleção é que os jogadores joguem no nível máximo. Desde que joguem. O jogador que vai para uma equipe forte e não joga, não adianta nada. Todo jogador que vai para uma liga forte e tem oportunidade de jogar, vai favorecer a seleção. Agora, só ter jogadores na NBA não garante resultado. Tem que estar comprometido com a seleção. Aí, a possibilidade de alcançar coisas importantes é muito grande.

Como você vê o momento dos jogadores brasileiros na NBA?
Vai ser um crescimento muito bom para eles. Fico feliz com a quantidade de minutos que o Leandrinho está jogando em uma equipe como o Boston Celtics. O mesmo está acontecendo com o Tiago Splitter. Não estava jogando tanto, agora começou a jogar mais minutos, e vamos ver um Tiago muito melhorado. O Anderson Varejão está fazendo uma temporada que, até hoje, é a melhor que ele já fez na NBA. O Nenê estava parado com um problema no pé, e agora voltou a jogar. Voltou muito bem. Acho que Washington Wizards precisa muito dele.

Você acha que a NBA é um bom lugar para desenvolver um jogador?
Prefiro o jogador desenvolvido no basquete Fiba (Federação Internacional de Basquete), em uma equipe boa da Espanha, da Itália, da França... Eles têm jeitos de jogar basquete que eu gosto mais.

Por que o bom jogador Fiba é tão valorizado na NBA?
Justamente por esse tipo de formação, que não passa somente por uma formação técnica e atlética, mas também por uma concepção de jogo. Eu vejo que no basquete americano há uma prioridade à parte física e técnica, deixando um pouco de lado a parte tática. São os melhores do mundo, sem dúvida nenhuma... Mas têm uma tendência a priorizar a parte física e técnica, sem dar tanta importância à questão tática e à leitura de jogo.

Você confia que pode ganhar uma medalha com o Brasil?
Se eu não tiver confiança, quem vai ter confiança? Como posso transmitir confiança se eu não tenho confiança? A confiança é o motor. A confiança é o que te permite transformar em realidade o que você sonha. Tenho confiança, muita!

Aqui, está apenas as partes que ele fala da seleção e da NBA, para ler a entrevista completa clique aqui.

Fonte: Folha de S. Paulo



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