Splitter: "Meu sonho é conseguir uma medalha com o Brasil numa Olimpíada ou num Mundial"

Ídolos são exemplos, existem e estou feliz de estar nessa posição
(Artur Moser/Agência RBS)


Depois de celebrar o título da NBA, Tiago Splitter voltou ao Brasil para passar um tempo com a família e amigos, se preparar para a sua clínica de basquete que acontecerá em Blumenau neste fim de semana, nos dias 28 e 29 de junho. Além disso, dentro de poucos dias o pivô irá se apresentar a Seleção Brasileira

Em entrevista ao blog Passe Livre do Jornal de Santa Catarina, Splitter falou sobre a sua mais recente conquista, a reestruturação do basquete em Blumenau, Seleção Brasileira e muito mais.

Há uma semana você levantava o troféu Larry O’Brien e entrava para a história da NBA, como o primeiro brasileiro a erguer a taça. Tem noção deste feito?
Ser campeão é bom demais, era uma sonho pra mim só estar na NBA. Um título era algo que nunca passou na minha cabeça. Claro que quando você entra na NBA, você pensa nisso, passa a ser um objetivo e jogando no (San Antonio) Spurs ainda mais. Significa alcançar um objetivo na melhor liga do mundo. Grandes jogadores não conseguiram isso e estou muito feliz. Pude dar um gostinho de vitória ao basquete do Brasil, no meio de uma Copa do Mundo, que não é fácil (risos).
Mostramos em uma reportagem que aos 12 anos você sonhava em jogar na NBA. Você foi além. Não só entrou em quadra pela liga norte-americana, como conquistou o título. Aos 29 anos, qual é o sonho do Tiago?
Existe objetivos e existem sonhos. Agora para mim o sonho é conseguir uma medalha com o Brasil numa Olimpíada ou num Mundial. Quero estar no cenário mundial com a Seleção Brasileira. Sei que não é fácil, também não foi fácil chegar à NBA e muito menos ser campeão. Por que não, né?
A sua carreira profissional iniciou cedo e foi marcada por uma série de sacrifícios e privações, a começar pela ida para a Espanha aos 15 anos. Se daqui há alguns anos, seu filho Benjamin resolver jogar basquete e receber uma proposta parecida, você dará o mesmo apoio que teus pais te deram à época?
(Risos). Não vai, não. (Risos). Já pensei nisso. Espero que ele seja maduro o suficiente um dia para tomar uma decisão, mas vou pensar no momento. O que meu pai e minha mão fizeram, realmente é difícil. Só sendo pai para entender. Na época, não tinha ideia do que estava fazendo. É difícil responder.
O basquete masculino de Blumenau passa por um processo de reformulação, inclusive com o seu irmão (Marcelo) à frente do projeto. Qual a sua participação no projeto?
A gente está engatinhando ainda. Minha participação é passar o que senti na Espanha, minha experiência toda que vivi no basquete internacional. Tudo que vi de escolinhas. A gente tem que começar pela base, com jovens com talentos, que tenham uma estrutura legal para treinar. Para que se uma criança com 9 anos quiser jogar basquete, tenha um lugar para treinar. Hoje em dia não tem. Comecei a jogar com sete, oito anos, porque tinha lugar para isso. Se a gente não começar a ensinar desde pequeno, a gente vai perder muitas crianças.
Na época em que começamos a jogar basquete, nossos grandes ídolos eram americanos e o maior deles era Michael Jordan. Você tem noção de que para os pequenos que dão os seus primeiros arremessos e até mesmo aqueles que já estão nas equipes de base se espelham em você? Como você lida com isso?
Acho que é normal, é bom, é legal. Quando comecei, só tinha Joinville jogando a Liga Nacional e comecei a assistir jogos de Joinville, que o Ricardo (Probst) jogava. E meu pai falava: ó, esse aqui é de Blumenau. E ele era ídolo para mim, era espelho. Para mim jogar uma Liga Nacional, era tudo. Ídolos são exemplos, existem e estou feliz de estar nessa posição. Tem que ter responsabilidade, saber que todos seus atos vão ser medidos, estarão na imprensa.


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Sobre Tiago Splitter Brasil

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